domingo, 9 de setembro de 2012

INTERTEXTUALIDADE COM UM CONTO DE MACHADO DE ASSIS

Leia o conto e faça o que se pede, logo abaixo nesta página:


Um Apólogo
Machado de Assis



Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
— Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo?
— Deixe-me, senhora.
— Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.
— Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.
— Mas você é orgulhosa.
— Decerto que sou.
— Mas por quê?
— É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?
— Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu e muito eu?
— Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...
— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que eu faço e mando...
— Também os batedores vão adiante do imperador.
— Você é imperador?
— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...

Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:
— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima...

A linha não respondia; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte. Continuou ainda nessa e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.

Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava de um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha para mofar da agulha, perguntou-lhe:
— Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.

Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:
— Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.

Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça:

— Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!

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Exercício: Caros alunos(as), como puderam verificar, o apólogo trás o diálogo entre objetos, parecido com a fábula, onde animais dialogam e deixam uma lição de moral. Pode ser feito em dupla ou individual, o que se pede é a produção de texto. Vocês produzirão o seu próprio apólogo. Para tanto escolham dois objetos ou mais e criem uma história. Inspirem-se em Machado de Assis, façam uma intertextualidade, isto é, dialoguem o seu texto com o apólogo do mestre Realista.

domingo, 26 de agosto de 2012

Projeto Leitura dos Clássicos


ORIENTAÇÃO AOS ALUNOS

<     Ler o conto indicado pelo professor
       Relacionar de todos os personagens principais as características físicas e psicológicas

       Verificar se ocorre no seu texto:
>    Crítica social (apresentação de algum defeito da sociedade)

       Causa e efeito (punição ou benefício aos personagens, de acordo com seus atos)

       Análise psicológica (quando os personagens sofrem, entram em conflito ou em dúvida)
 Anote o que pede e mostre ao professor para avaliação.

RELAÇÃO DE CONTOS DE MACHADO DE ASSIS


segunda-feira, 25 de junho de 2012

AULA SOBRE A SEGUNDA FASE DO MODERNISMO

Encontra-se postado no site do Prof. Durval Filho uma aula com conteúdo para ler, estudar e realizar uma tarefa.




Bons estudos!

Aula sobre o Classicismo / Renascimento

Encontra-se postado no site do Prof. Durval Filho uma aula com conteúdo para ler, estudar e realizar uma tarefa.



Bons Estudos!

Produção de vídeo

Fazendo parte do Intervalo Cultural promoveremos neste mês de julho a Primeira Competição de Vídeo da escola em que os alunos poderão expor vídeos gravando imagens ou através do programa Movie Maker, a fim de montar apresentações com fundo musical e texto em movimento. O tema será a valorização do estudo, onde os alunos farão um vídeo em que a importância de estudar fique realçada através da produção midiática. Deve-se formar pelo menos um grupo por sala, onde o melhor vídeo de cada série será apresentado para toda a escola. Conheça mais detalhes e veja exemplo de vídeos acessando o blog Multimídia Greiner.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

A poesia de Castro Alves

Caro aluno (a)! Hoje você vai conhecer mais da poética do grande poeta baiano. a partir do link indicado, faça a leitura de vários poemas, escolha um, copie e cole em slides e faça um comentário sobre o poema copiado. Leia o poema aqui Poesia de Castro Alves


terça-feira, 1 de maio de 2012

Conhecendo Castro Alves


Olá caros alunos (as) !

A atividade de hoje propicia a vocês conhecerem um poema lírico-amoroso de Castro Alves.

O texto é dedicado à atriz Eugênea Câmara, um de seus grandes amores, mostra a lírica do poeta condoreiro.



Após assistir ao vídeo, faça um comentário como devolutiva do que você aprendeu. Indique as emoções que lhe causou a poesia à uma atriz.

Deixe o comentário em seu caderno, para posterior verificação do professor.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Exercício aos alunos do 1º Ano Técnico

Olá pessoal! Vocês conheceram as cantigas trovadorescas. As cantigas lírico-amorosas de Amor, de Amigo; as satíricas, Escárnio e Maldizer. Pois agora farão uma produção de texto. A partir do conhecimento apreendido, podem fazer a atividade em dupla ou individual. A proposta é fazer um RAP, abordando os temas medievais, situando-os nos dias de hoje.

Façam a atividade e entreguem ao professor.

Bom trabalho!

Como sujestão, caso queiram podem continuar a partir deste exemplo:

Os poetas travadores cantavam
Os sentimentos de amizade e amor
Os poetas de hoje também falam
Histórias de amizade com críticas e dor.

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RELEMBRANDO O ESTUDADO SOBRE O TROVADORISMO

Introdução
 
Podemos dizer que o trovadorismo foi a primeira manifestação literária da língua portuguesa. Surgiu no século XII, em plena Idade Média, período em que Portugal estava no processo de formação nacional.
Marco inicial 
O marco inicial do Trovadorismo é a “Cantiga da Ribeirinha” (conhecida também como “Cantiga da Garvaia”), escrita por Paio Soares de Taveirós no ano de 1189. Esta fase da literatura portuguesa vai até o ano de 1418, quando começa o Quinhentismo.

Trovadores 
Na lírica medieval, os trovadores eram os artistas de origem nobre, que compunham e cantavam, com o acompanhamento de instrumentos musicais, as cantigas (poesias cantadas). Estas cantigas eram manuscritas e reunidas em livros, conhecidos como Cancioneiros. Temos conhecimento de apenas três Cancioneiros. São eles: “Cancioneiro da Biblioteca”, “Cancioneiro da Ajuda” e “Cancioneiro da Vaticana”.

Os trovadores de maior destaque na lírica galego-portuguesa são: Dom Duarte, Dom Dinis, Paio Soares de Taveirós, João Garcia de Guilhade, Aires Nunes e Meendinho.

No trovadorismo galego-português, as cantigas são divididas em: Satíricas (Cantigas de Maldizer e Cantigas de Escárnio) e Líricas (Cantigas de Amor e Cantigas de Amigo).

Cantigas de Maldizer: através delas, os trovadores faziam sátiras diretas, chegando muitas vezes a agressões verbais. Em algumas situações eram utilizados palavrões. O nome da pessoa satirizada podia aparecer explicitamente na cantiga ou não.

Cantigas de Escárnio: nestas cantigas o nome da pessoa satirizada não aparecia. As sátiras eram feitas de forma indireta, utilizando-se de duplos sentidos.

Cantigas de Amor: neste tipo de cantiga o trovador destaca todas as qualidades da mulher amada, colocando-se numa posição inferior (de vassalo) a ela. O tema mais comum é o amor não correspondido. As cantigas de amor reproduzem o sistema hierárquico na época do feudalismo, pois o trovador passa a ser o vassalo da amada (suserana) e espera receber um benefício em troca de seus “serviços” (as trovas, o amor dispensado, sofrimento pelo amor não correspondido).

Cantigas de Amigo: enquanto nas Cantigas de Amor o eu-lírico é um homem, nas de Amigo é uma mulher (embora os escritores fossem homens). A palavra amigo nestas cantigas tem o significado de namorado. O tema principal é a lamentação da mulher pela falta do amado.  


Texto I – Cantiga de amor

Essa cantiga de Afonso Fernandes mostra algumas características de incorrespondência amorosa.

“Senhora minha, desde que vos vi,
lutei para ocultar esta paixão
que me tomou inteiro o coração;
mas não o posso mais e decidi
que saibam todos o meu grande amor,
a tristeza que tenho, a imensa dor
que sofro desde o dia em que vos vi.” 


Nessa 1ª estrofe o trovador expressa o que sente mais de uma maneira que expressa súplica, a mulher que ele conheceu está sendo idealizada em que ele se declara a ela, ele expõe os argumentos que justificam sua desgraça. 

CANTIGAS SATÍRICAS

As cantigas de escárnio.

Nessa cantiga, o eu - lírico, faz uma crítica (sátira) indireta e com duplos sentidos a alguém. Para os trovadores fazerem uma cantiga de escárnio, ele precisa compor uma cantiga falando mal de alguém, ou seja, fazendo uma critica a alguma pessoa, através de palavras de duplo sentido, ou seja, através de ambigüidades, trocadilhos e jogos semânticos, através de um processo denominado pelos trovadores equívoco.

Essa cantiga é capaz de estimular a imaginação do autor, sugerindo-lhe uma nova expressão irônica.

Vejamos um exemplo de cantiga de escárnio:

Ai, dona fea, foste-vos queixar
que vos nunca louv[o] em meu cantar;
mais ora quero fazer um cantar
em que vos loarei toda via;
e vedes como vos quero loar:
dona fea, velha e sandia!...


As cantigas de Maldizer.

Esse tipo de cantiga, também traz criticas, ou seja sátiras diretas, porém não são acompanhadas de duplos sentidos. É normal que ocorra agressões verbais à pessoa que está sendo criticada, ou seja, satirizada, geralmente usa-se até mesmo palavrões para compor esse tipo de cantiga, onde se revela ou não o nome da pessoa que está sendo agredida verbalmente.

Vejamos um exemplo de cantiga de Maldizer:

Roi queimado morreu con amor
Em seus cantares por Sancta Maria
por ua dona que gran bem queria
e por se meter por mais trovador
porque lhela non quis [o] benfazer
fez-sel en seus cantares morrer
mas ressurgiu depois ao tercer dia!...


Fonte:
http://www.suapesquisa.com/artesliteratura/trovadorismo.htm
http://www.colegioweb.com.br/literatura/as-cantigas-satiricas-de-escarnio-e-de-maldizer.html
http://www.colegioweb.com.br/literatura/as-cantigas-de-amor-.html

domingo, 15 de abril de 2012

Produção de texto poético através da intertextualidade com o poema "Ao meu amor"

Vocês farão o Downloud do arquivo em Power Point, depois de ler e interpretar o poema substituam nas partes que têm parênteses o texto do autor pelo seu. Assim serão coautores, promovendo a interação.




Obs; para baixar o arquivo, vá ao site do prof. Durval Filho, na aba Arquivo procure e baixe, faça a atividade e salve na rede para avaliação do professor.

domingo, 18 de março de 2012

Crítica em relação ao site Greinernet e ao jornal on-line, o Boca do Greiner

Neste instante convido os alunos da E. E. Pe. João Greiner a conhecerem o site Greinernet e as notícias do jornal on-line Boca do Greiner, a fim de participarem de uma pesquisa onde buscaremos respostas como:

  • Pelo que foi postado vocês verificaram o envolvimento dos alunos do passado nos projetos apresentados pela escola?
  • Na opinião de vocês ocorreu a aprendizagem?
  • Considera importante ter estas mídias disponíveis na escola?
  • Na visão do aluno, qual seriam os problemas que levaram à extinção destas mídias em 2009.
  • Para finalizar, faço uma pergunta: retornaremos de imediato a utilização pedagógica do jornal on-line,  "Boca do Greiner" , você considera importante esta iniciativa, por que?

Deixe sua opinião no seguinte link: Faustanet, poste seu comentário no Assine meu Livro de Visitas.

terça-feira, 6 de março de 2012

A HIPERMÍDIA E O APRENDIZADO ESCOLAR COM A PRODUÇÕES DE BLOGs E MULTIMÍDIAS PEDAGÓGICAS

ESCOLA ESTADUAL DE  Educação Básica e Educação Profissional Padre João Greiner



PROFESSOR ELABORADOR
DURVAL RABELO GUIMARÃES FILHO[i]





TEMA

A HIPERMÍDIA E O APRENDIZADO ESCOLAR COM A PRODUÇÕES DE BLOGs E MULTIMÍDIAS PEDAGÓGICAS







CAMPO GRANDE, MS, DEZEMBRO DE 2011


OBJETIVO GERAL

Analisar os recursos pedagógicos existentes através da hipermídia, avaliando sua eficácia pedagógica e eventuais problemas na sua utilização.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Pesquisar e analisar a prática pedagógica com a utilização dos recursos das TICs.
Promover a produção hipertextual
            Incentivar a leitura, interpretação e produção da multimídia para alimentação de sites e a criação de blogs, por parte dos alunos e do professor de Literatura. 


JUSTIFICATIVA

A partir do Projeto Elo[1], do qual transcreve-se o aparte “surgiu da necessidade de implementar na Escola  Estadual Pe. João Greiner uma prática educomunicativa mais eficiente, principalmente na área de códigos e linguagens, visto que buscamos despertar e potencializar a capacidade expressiva dos alunos e professores melhorando o coeficiente comunicativo da escola como um todo”, a escola passou a constar com um site, o Greinernet e neste um jornal on-line, o Boca do Greiner. Com o passar dos anos, a atualização e mesmo o aproveitamento dos recursos pedagógicos pelos alunos foram sendo deixados de lado. Para mudar esta realidade, promover novamente a integração da mídia e fortalecer a comunicação, como um todo, resolvemos aprimorar a prática educomunicativa, através da utilização do hipertexto e hipermídia, Assim, o caminho proposto é através da produção de blogs, tendo em vista sua facilidade na criação, manutenção e recursos pedagógicos disponíveis.
  

ETAPAS DO PROJETO

Primeiro momento:
            Apresentar a ideia aos alunos de se trabalhar a Literatura mais efetivamente, utilizando-se dos recursos das TICs para se promover uma aula diferenciada, a fim de levar o conhecimento com metodologia construtivista, oferecendo o protagonismo juvenil, através da produção hipertextual.

Segundo momento:
            A partir dos textos clássicos, pertinentes a cada ano da Literatura, os alunos farão uma pesquisa utilizando-se da Internet. Cito agora alguns exemplos de conteúdos relativos ao 1º ano: Deuses mitológicos; Vida e obra de Camões; A carta de Pero Vaz de Caminha etc. Assim procedendo, da mesma forma, selecionando, a partir do conteúdo curricular, os textos clássicos da literatura, até chegar ao 3º ano do Ensino Médio.

Terceiro momento:
            Com a pesquisa feita, monta-se logo de início uma apresentação em Power Point, posteriormente um vídeo no Movie Maker, Enquanto isso o professor, através de seu site e blog, orienta os alunos quanto as diversas etapas do processo de aprendizagem.

Quarto momento:
              Propõe-se a criação de um blog: Multimídia Greiner, onde serão postadas atividades para cada ano em que o professor leciona na escola e a abertura de uma conta em rede social com os alunos e que, por sua vez, farão links no blog da sala e no do professor e consequentemente nos dos demais colegas, promovendo assim a socialização do conhecimento adquirido.

Quinto momento:
            Com as atividades desenvolvidas através das pesquisas e transformadas em apresentações, vídeos, hipertextos e hipermídia, toda essa produção será postada nos blogs para a eventual troca de experiência e devolutiva para a sociedade do saber apreendido.

Sexto momento:
            Durante a execução do projeto, far-se-á uma pesquisa para avaliar a eficácia pedagógica da hipermídia no ambiente escolar. Também uma crítica em relação ao site Greinernet e ao jornal on-line, o Boca do Greiner, que com o passar dos anos tiveram sua atualização e mesmo o aproveitamento dos recursos pedagógicos sendo deixados de lado, no que resultou em sua extinção.

Sétimo momento:
            Finalizar o trabalho desenvolvido com a publicação de notícias a serem veiculadas num jornal informativo, confeccionado a partir dos agentes envolvidos, onde, além da divulgação do blog das atividades desenvolvidas em sala de aula, farão uma crítica quanto à metodologia de ensino e aprendizagem e ao resultado esperado de aquisição do conhecimento.

            
METODOLOGIA


Hernández (2009) critica a maneira de lecionar em que o professor assume uma postura meramente transmissiva e sugere que tanto o professor quanto o educando se transformem num pesquisador. Com o aluno assumindo uma postura de sujeito do processo, abandonando a passividade de ser mero receptor, assim a aprendizagem realmente acontece.
A teoria da educomunicação norteou a criação do site escolar Greinernet e é por nós estudada, com mais afinco, desde a monografia de conclusão de curso de GUIMARÃES FILHO (2006, p..57), onde defendemos sua utilização para “democratizar a comunicação entre os membros da comunidade escolar, desde o zelador até o diretor, passando pelos pais e alunos; fortalecendo o diálogo, a tomada de consciência crítica e criativa” de todos.
            Portanto, a perspectiva teórica do projeto é a educomunicação, nova área de intervenção social que alia comunicação com educação, a fim de propiciar ao aluno o protagonismo e uma maior capacidade de fazer “leitura crítica” das diferentes mídias.
            Paulo Freire com sua pedagogia defende a postura do professor como mediador, alguém que, a partir do conhecimento do aluno, favorece o aprendizado incentivando a ser um sujeito ativo, sempre a partir das suas próprias experiências. Assim sendo, trabalhar com hipertexto e hipermídia aprimora o aprendizado a partir destas perspectivas acima apresentadas.

 CONTEÚDOS

Comunicação midiática
Produção de texto e de hipermídia
Texto literário, a mitologia e a intertextualidade
Classicismo
Literatura de informação
Períodos literários, autores e obras

DISCIPLINAS ENVOLVIDAS

Literatura
Língua Portuguesa

ANOS

Todas os anos do Ensino Médio (1º, 2º e 3º)




TEMPO ESTIMADO

Ano letivo de 2012

MÍDIAS ENVOLVIDAS

site;
blog;
jornal.
A utilização do site escolar e do blog como ferramenta pedagógica é muito viável, tendo em vista que nossos alunos, a grande maioria, nasceram já inseridos num ambiente altamente tecnológico. Sabemos que existe uma diferenciação de site e blog, porém ambos podem ser úteis na educação. O site exige mais conhecimento de programação HTML, PHP, CCS, SQL, entre outras; consequentemente uma maior capacitação do autor, porém oferece mais recursos para desenvolver a criatividade. O blog está deixando de ser um diário virtual e tornando-se, cada vez mais, um ótimo recurso pedagógico que pode ser utilizado tanto por alunos, como espaço de publicação e autoria, quanto por professores e escolas, com grandes possibilidades como as alencadas pela EE Paulina Rosa:
·         fornecer e armazenar materiais de consulta para os alunos;
·         criar atividades que os alunos possam acessar de suas casas e entregar via Internet;
·         criar “bibliotecas” de atividades e materiais que ficam disponíveis de um ano para outro, poupando espaço e recursos;
·         divulgar o seu trabalho e torná-lo transparente para os pais dos alunos e para a comunidade toda;
·         interagir com outros professores de sua área e trocar informações, links, materiais, atividades, etc.;
·         melhorar seu relacionamento com os alunos e fornecer a eles maior possibilidade de acesso ao professor. (NA PAUTA, 2011)
            A partir do site e do blog do professor, será proposto a criação do blog de cada turma e também o blog de cada grupo de alunos para que utilizem da hipermídia, com postagem de fotos em movimento, vídeos em flash, atividades em Power Point .

CONCEPÇÃO DE ENSINO/APRENDIZAGEM

            Ao se trabalhar pedagogicamente com a mídia na escola, em muito favorece a utilização da metodologia de projetos, portanto requer uma prática construtivista na construção do conhecimento.
            Paulo Freire com sua pedagogia, defende a postura do professor como mediador, alguém que a partir do conhecimento do aluno favorece o seu aprendizado, sempre a partir das suas próprias experiências.
            Já Piaget, em seu modelo construtivista, favorece a construção do conhecimento pelo educando oferecendo-lhe o protagonismo juvenil. Uma postura ativa, muito diferente da postura transmissiva, já estudada.
            Para conhecer a Concepção Construtivista, novamente recorremos a LIMA:
o interesse reside, sobretudo, nas condições de construção do conhecimento pelo aluno, o que lhe confere um status diferente daquele subjacente às concepções precedentes. Aprender significa, portanto, construir conhecimentos. [...] o aluno aprende através de sua interação com a situação (o problema). A confrontação a uma nova situação pode provocar um desequilíbrio, quer dizer, um conflito que o levará a uma regressão provisória de seu estado de conhecimento sobre a noção em jogo. A pesquisa pela solução desta situação pode possibilitar a reequilibração e a modificação dos esquemas, favorecendo a construção de um novo conhecimento a partir dos processos de assimilação e acomodação. (LIMA, 2009, p. 62)

            Cabe, portanto, ao professor ou aos alunos levantar um problema a fim de que se busque uma solução proporcionando sempre uma situação de aprendizagem. Segundo LIMA, "Se o professor objetiva levá-lo a uma situação de aprendizagem, deve antecipar os conflitos que podem surgir, com vistas a auxiliar na superação". (2009, p. 63).
            Dentro desta perspectiva utilizaremos esta concepção que favorece um constante diálogo com os alunos e professores e que nos levará para a uma reformulação durante o processo, caso necessário, e facilitará a avaliação dos resultados.

AVALIAÇÃO

            Será proposto um constante diálogo com os alunos para que eles participem efetivamente dando sugestões, fazendo leituras e produzindo textos. Através do efetivo empenho dos alunos, das notícias criadas, poemas, críticas e da multimídia eles serão avaliados durante todo o processo, com uma nota de zero a dez.
            Os registros das atividades serão feitos pelos alunos e professores envolvidos no projeto, por meio das publicações no site, blogs e no jornal.


RECURSOS

            Trinta notebooks com acesso à Internet;
            Valor da publicação de 500 exemplares do jornal.
           









REFERÊNCIA

FERNANDO Hernández. Disponível em: http://www.centrorefeducacional. com.br/fehernan.htm>. Acesso em: 12 jul. 2009.

GUIMARÃES FILHO, D. R. Educar nas ondas da comunicação. 2006. 101 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização) Universidade Católica Dom Bosco, Campo Grande, 2006.

LIMA, I. Prática Docente: conhecimentos que influenciam as decisões didáticas tomadas por professores. In DIAS, A. A; MACHADO, C. J. S.; NUNES, M. L. S. (Orgs.). Educação, Direitos Humanos e Inclusão Social: currículo, formação docente e diversidades socioculturais. João Pessoa: Editora Universitária da UFPB, 2009. Vol. 1, p. 51-67.

 NA PAUTA, Uso pedagógico do blog – o Edublog. Professor na Pauta - Inclusão Digital e WebSocial de Educadores. Disponível em: < http://professor.napauta.com/?cat=9> Acesso em: 28 Jul. 2011.




[i] Projeto adaptado a partir de A HIPERMÍDIA E O APRENDIZADO ESCOLAR ATRAVÉS DE UM SITE, BLOGs E DE UM JORNAL ON-LINE, por nós apresentado à UFMS no CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NÍVEL DE ESPECIALIZAÇÃO MÍDIAS NA EDUCAÇÃO - 2011/2012.


domingo, 26 de fevereiro de 2012

MAPA CONCEITUAL - LITERATURA

Caros alunos(as)!

Façam a leitura do Mapa Conceitual e escrevam um texto explicando o conceito de Literatura.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

INICIANDO O ANO LETIVO DE 2012

Desejo a todos os meus alunos um ano muito produtivo e que a paz e o amor estejam presentes nos horizontes de toda a sua família. Leiam o texto abaixo e reflitam:

 Autor desconhecido. Utilizado com finalidade educativa.
O Anel
" Certo dia, um aluno foi pedir conselhos para seu professor.
- Venho aqui, professor, porque me sinto tão pouca coisa, que não tenho forças para fazer nada. Dizem-me que não sirvo para nada, que não faço nada bem, que sou lerdo e muito idiota. Como posso melhorar? O que posso fazer para que me valorizem mais?
O professor sem olhá-lo, disse:

- Sinto muito meu jovem, mas não posso te ajudar, devo primeiro resolver meu próprio problema. Talvez depois.
E fazendo uma pausa falou:
- Se você me ajudasse, eu poderia resolver este problema com mais rapidez e depois talvez possa te ajudar.
- C...Claro, professor - gaguejou o jovem. Mas se sentiu outra vez desvalorizado e hesitou em ajudar seu professor.

O professor tirou um anel que usava no dedo pequeno e deu ao garoto e disse:
- Monte no cavalo e vá até o mercado. Devo vender esse anel porque tenho que pagar uma dívida. É preciso que obtenhas pelo anel o máximo possível, mas não aceite menos que uma moeda de ouro. Vá e volte com a moeda o mais rápido possível.

O jovem pegou o anel e partiu. Mal chegou ao mercado começou a oferecer o anel aos mercadores. Eles olhavam com algum interesse, até quando o jovem dizia o quanto pretendia pelo anel. Quando o jovem mencionava uma moeda de ouro, alguns riam, outros saiam sem ao menos olhar para ele. Só um velhinho foi amável a ponto de explicar que uma moeda de ouro era muito valiosa para comprar um anel.Tentando ajudar o jovem, chegaram a oferecer uma moeda de prata e uma xícara de cobre, mas o jovem seguia as instruções de não aceitar menos que uma moeda de ouro e recusava as ofertas.

Depois de oferecer a jóia a todos que passaram pelo mercado, abatido pelo fracasso montou no cavalo e voltou. O jovem desejou ter uma moeda de ouro para que ele mesmo pudesse comprar o anel, assim livrando a preocupação de seu professor e assim podendo receber ajuda e conselhos.
Entrou na casa e disse:

- Professor, sinto muito, mas foi impossível conseguir o que me pediu. Talvez pudesse conseguir 2 ou 3 moedas de prata, mas não acho que se possa enganar ninguém sobre o valor do anel.
- Importante, meu jovem - contestou o professor sorridente - devemos saber primeiro o valor do anel. Volte a montar no cavalo e vá até o joalheiro. Quem melhor para saber o valor exato do anel? Diga que quer vender o anel e pergunte quanto ele te dá por ele. Mas não importa o quanto ele te ofereça, não o venda. Volte aqui com meu anel.

O jovem foi até o joalheiro e lhe deu o anel para examinar. O joalheiro examinou o anel com uma lupa, pesou o anel e disse:
- Diga ao seu professor, se ele quer vender agora, que não posso dar mais que 61 moedas de ouro pelo anel.
- 61 MOEDAS DE OURO!!! - exclamou o jovem.
- Sim, replicou o joalheiro, eu sei que com tempo eu poderia oferecer cerca de 80 moedas, mas se a venda é urgente.
O jovem correu emocionado até a casa do professor para contar o que ocorreu.
- Sente-se - disse o professor. E depois de ouvir tudo que o jovem lhe contou disse:

- Você é como esse anel, uma jóia valiosa e única. E que só pode ser avaliada por um expert. Pensava que qualquer um poderia descobrir o seu verdadeiro valor? - e dizendo isso voltou a colocar o anel no dedo.
- Todos somos como esta jóia: valiosos e únicos; e a primeira pessoa que deve reconhecer esse valor é você mesmo. ".